A flora que ocorre sobre as rochas ultrabásicas – um tipo de rochas muito raro em Portugal e que origina solos muito selectivos e tóxicos para a maioria das plantas – é das mais importantes e peculiares do Parque. Muitas das espécies que ocorrem sobre estas rochas são exclusivas dos solos ultrabásicos transmontanos e, algumas delas, em todo o mundo, apenas aqui podem ser observadas. Entre estas relíquias botânicas encontram-se a arméria Armeria eriophylla, a vulnerária Anthyllis sampaiana, a gramínea Avenula pratensis ssp. lusitanica, a violeta-de-pastor Linaria aeruginea, o feto Notholaena marantae ssp. marantae e a santolina Santolina semidentata.
Os bosques autóctones – carvalhais, sardoais e bosques ripícolas - também contribuem de forma decisiva para a diversidade botânica desta Área Protegida. Espécies raras ou pouco comuns como a violeta-hirta Viola hirta, a Arabis glabra, a Corydalis cava ssp. cava, a Centaurea triumfetti ssp. lingulata, a Lathyrus pratensis, o martagão Lilium martagon e o gerânio-sanguíneo Geranium sanguineum têm como habitat preferencial os bosques de carvalho-negral. A cássia-branca Osyris alba, a gilbardeira Ruscus aculeatus, o jasmim-dos-montes Jasminum fruticans, a rosa-de-lobo Paeonia broteri e a orquídea Cephalanthera longifolia ocorrem, sobretudo, no sub-bosque dos sardoais, enquanto espécies como o azevinho Ilex aquifolium, a Veronica micrantha, a Clematis campaniflora e as comuns pascoelas Primula acaulis preferem os ambientes húmidos dos bosques de linhas de água.
O mosaico de comunidades vegetais que ocorre sobre solos encharcados nos planaltos da Serra de Montesinho e dos Pinheiros - comunidades de turfeiras baixas, cervunais (comunidades dominadas pelo nardo-dos-campos Nardus stricta) e urzais higrófilos (comunidades dominadas pela margariça Erica tetralix e Genista anglica) - é um dos tipos de vegetação com maior importância para a conservação da flora do Parque. O ranúnculo Ranunculus abnormis, o dorónico Doronicum pubescens, a violeta Viola bubanii, a genciana-de-turfeiras Gentiana pneumonanthe e o malmequer-dos-brejos Caltha palustris são exemplos de plantas raras ou pouco comuns que ocorrem nestes habitats.
O mosaico de comunidades vegetais que ocorre sobre solos encharcados nos planaltos da Serra de Montesinho e dos Pinheiros - comunidades de turfeiras baixas, cervunais (comunidades dominadas pelo nardo-dos-campos Nardus stricta) e urzais higrófilos (comunidades dominadas pela margariça Erica tetralix e Genista anglica) - é um dos tipos de vegetação com maior importância para a conservação da flora do Parque. O ranúnculo Ranunculus abnormis, o dorónico Doronicum pubescens, a violeta Viola bubanii, a genciana-de-turfeiras Gentiana pneumonanthe e o malmequer-dos-brejos Caltha palustris são exemplos de plantas raras ou pouco comuns que ocorrem nestes habitats.
Fauna
Destaca-se a importância desta área para a conservação do lobo-ibérico Canis lupus signatus cuja preservação está dependente, entre outros factores, da manutenção das populações de presas selvagens como o veado Cervus elaphus e o corço Capreolus capreolus. Também a toupeira-de-água Galemys pyrenaicus tem aqui condições muito favoráveis, exibindo algumas das melhores populações nacionais. O gato-bravo Felis silvestris, a lontra Lutra lutra, o morcego-de-ferradura-grande Rhinolophus ferrumequinum e o rato-dos-lameiros Arvicola terrestris (desconhecido no resto do país) são igualmente exímios representantes dos mamíferos ocorrentes.
Cerca de cento e sessenta espécies de aves, grande parte nidificantes, incluindo espécies raras como a águia-real Aquila chysaetos, a cegonha-negra Ciconia nigra, o tartaranhão-azulado Circus cyaneus, o picanço-de-dorso-vermelho Lanius collurio, o melro-das-rochas, Monticola saxatilis e a petinha-ribeirinha Anthus spinoletta, atestam a grande diversidade e valor da avifauna presente.
A víbora-cornuda Vipera latastei, o lagarto-de-água Lacerta schreiberi e o tritão-marmorado Triturus marmoratus são alguns dos répteis e anfíbios que se podem observar.
Constitui uma área excepcionalmente favorável para a truta-de-rio Salmo trutta, podendo-se encontrar também peixes muito ameaçados como a panjorca Chondrostoma arcasii e o verdemã-do-norte Cobitis calderoni.
A presença de numerosas espécies de borboletas raras e exclusivas do Nordeste Transmontano como a Lycaena virgaureae, a Brenthis daphne, a Boloria dia e a Aphantopus hyperanthu, assim como das únicas populações viáveis do mexilhão-de-rio Margaritifera margaritifera conhecidas em Portugal, realça a importância desta Área Protegida também para os invertebrados.
Os cursos de água, os matos, os lameiros, os bosques autóctones (carvalhais e sardoais) e as áreas rupícolas albergam as zonas preferenciais de alimentação, abrigo ou reprodução de grande parte das espécies. As áreas cerealíferas e os soutos de castanheiros proporcionam também importantes territórios de caça, refúgio ou reprodução de algumas aves e mamíferos. Algumas construções isoladas, moinhos ou minas funcionam ainda como preciosos abrigos para a fauna, em particular para os morcegos.
Cerca de cento e sessenta espécies de aves, grande parte nidificantes, incluindo espécies raras como a águia-real Aquila chysaetos, a cegonha-negra Ciconia nigra, o tartaranhão-azulado Circus cyaneus, o picanço-de-dorso-vermelho Lanius collurio, o melro-das-rochas, Monticola saxatilis e a petinha-ribeirinha Anthus spinoletta, atestam a grande diversidade e valor da avifauna presente.
A víbora-cornuda Vipera latastei, o lagarto-de-água Lacerta schreiberi e o tritão-marmorado Triturus marmoratus são alguns dos répteis e anfíbios que se podem observar.
Constitui uma área excepcionalmente favorável para a truta-de-rio Salmo trutta, podendo-se encontrar também peixes muito ameaçados como a panjorca Chondrostoma arcasii e o verdemã-do-norte Cobitis calderoni.
A presença de numerosas espécies de borboletas raras e exclusivas do Nordeste Transmontano como a Lycaena virgaureae, a Brenthis daphne, a Boloria dia e a Aphantopus hyperanthu, assim como das únicas populações viáveis do mexilhão-de-rio Margaritifera margaritifera conhecidas em Portugal, realça a importância desta Área Protegida também para os invertebrados.
Os cursos de água, os matos, os lameiros, os bosques autóctones (carvalhais e sardoais) e as áreas rupícolas albergam as zonas preferenciais de alimentação, abrigo ou reprodução de grande parte das espécies. As áreas cerealíferas e os soutos de castanheiros proporcionam também importantes territórios de caça, refúgio ou reprodução de algumas aves e mamíferos. Algumas construções isoladas, moinhos ou minas funcionam ainda como preciosos abrigos para a fauna, em particular para os morcegos.
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